sábado, 7 de novembro de 2009

Como tudo na vida.

Eu nunca tinha visto alguém assim.
"Ela parece chorosa, infeliz . Deve ser a garota mais triste que já segurou um martíni".
Essa seria a definição daquela garota trancada a meses em casa.
Com o cabelo desarrumado e uma pontada de nostalgia na voz já rouca de tanto chorar, ela me disse que caiu na armadilha que plantou no coração.
Não faça isso rapaz. Não novamente. Não a leve para o caminho que você sabe que tem fim logo alí na esquina.
Tudo que ela queria era ensinar, mas acabou aprendendo.
Da pior forma.
Como tudo na vida.
É isso o que ela pensa. Ela ainda se sente culpada por agir errado na tentativa de raparar os erros dele.
Ela sempre achou que não precisava, mas descobriu o que a mantinha ainda viva.
Como tudo na vida.
Talvez ela só precisasse ir até alí na esquina mesmo. Mas ficar parada lá não pode ser a melhor decisão.
Ela quis parar no meio do caminho, mas o rapaz prometeu quebrar a parede que fica no fim da rua.
A força para derrubar esse muro está com ele.
Então não se sinta mais culpada, garota.
Nem pense em como teria sido.
O rapaz prometeu segurar as ferramentas para quebrar o muro, mas você nunca o viu carregando-as por aí.
Agora não tem volta.
Pelo egoísmo de cada.
Como tudo na vida.

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